Algumas das propriedades das paletes de plástico são determinadas pelo tipo de matéria-prima utilizada na sua produção, existindo diferentes tipos de materiais.
Na Naeco Packaging estamos convencidos de que nem sempre o melhor material é o mais adequado para todas as aplicações, mas que é fundamental encontrar precisamente o material cujo rendimento tanto mecânico, quanto económico é o mais eficiente para uma determinada aplicação. Portanto, em função dos requisitos de qualidade exigidos, é possível selecionar entre várias opções e tipos de material
Um material virgem é um polímero termoplástico produzido por empresas do setor petroquímico (geralmente multinacionais) que dominam as cadeias de produção das submatérias-primas necessárias para a sua produção, como é o caso do petróleo, do etileno, etc… Ou seja, trata-se de um mercado muito fragmentado, com um número muito reduzido de atores, com uma dimensão muito grande e com muito poder.
Entretanto, um material reciclado não é mais do que um polímero termoplástico obtido através da reciclagem de determinados produtos plásticos que, de origem, foram produzidos com materiais virgens ou reciclados. Estes materiais são processados por empresas de reciclagem, com uma dimensão geralmente muito mais reduzida do que as petroquímicas.
Para a produção de um material virgem, o fabricante utiliza sempre a mesma fórmula, com base em determinados elementos controlados, pelo que o produto é homogéneo no tempo, e, por conseguinte, dispõe de uma ficha técnica com valores definidos e com um determinado comportamento mecânico. Ou seja, os elementos que formam o material são conhecidos. Por outro lado, esse fabricante implementa controlos de qualidade exaustivos, para garantir a estabilidade do referido material.
Já um material reciclado, por sua vez, regra geral é composto pela mistura de diferentes peças de plástico, produzidas, por sua vez, com diferentes graus de um mesmo polímero. Portanto, o material reciclado é o material que resulta de uma mistura de polímeros, e as suas propriedades variam sempre que a respetiva proporção de peças diferentes que estão a ser recicladas varia. Para controlar essa variação, e para poder garantir que as propriedades cumprem os requisitos das nossas soluções, temos um laboratório interno de caracterização de plástico que nos permite realizar os controlos de qualidade oportunos.
Portanto, a principal diferença entre os dois materiais reside no facto de um material virgem ter umas características homogéneas e conhecidas e de um material reciclado ser heterogéneo e desconhecido. No entanto, e graças à tecnologia de reciclagem atualmente existente, é possível trabalhar os materiais reciclados para conseguir resultados de alta qualidade.
A certificação de utilização com produtos alimentares é uma propriedade da palete da caixa ou do contentor que advém dos materiais empregues no seu fabrico. Para poder obter essa certificação é necessário que o fabricante do referido material emita um documento aprovado por uma entidade certificadora como a FDA, que garanta essa propriedade. Esta certificação é a garantia de que o material pode estar em contacto direto com um alimento por um tempo indefinido sem produzir nenhum tipo de efeito no dito alimento ou sem que ocorra qualquer migração para o mesmo. Esta certificação é a mesma que uma garrafa que se destine à comercialização de água tem de ter, por exemplo.
A priori, uma palete é um elemento de packaging terciário que está em contacto com o solo e que transporta outros tipos de elementos de packaging que, por sua vez, contêm os produtos transportados. Portanto, para a maioria das aplicações não é um requisito indispensável que as paletes cumpram a certificação de utilização com produtos alimentares. No entanto, certas aplicações, como as “Salas Brancas” as nossas caixas ou os nossos contentores, por exemplo, requerem esta certificação, pelo que nesse caso é indispensável utilizar materiais virgens, devido, fundamentalmente, à impossibilidade de uma entidade recicladora emitir um certificado a partir de uma reciclagem quando não conhece a composição interna dos materiais processados.
Isto não quer dizer que os materiais reciclados não se adequem a uma utilização com produtos alimentares, mas que, regra geral, e salvo casos especiais, necessitam da dita certificação. É importante ter em conta que as paletes de madeira tradicionais não dispõem destas certificações, nem de nada que lhes seja equivalente.
Determinadas mercadorias, sobretudo no setor alimentar, são transportadas ao longo de toda a cadeia de distribuição em ambientes de congelação. Neste tipo de ambientes a utilização de paletes de plástico revela-se altamente conveniente, dado que estas não registam alterações de peso e de forma perante condições de humidade, são impermeáveis, não transportam cheiros e podem ser lavadas depois da sua utilização.
No entanto, nem todos os materiais plásticos são adequados para aplicações a temperaturas de -20ºC ou inferiores. Na Nortpalet, recomendamos a utilização de rHDPE (Polietileno de alta densidade) devido ao seu bom desempenho face a impactos em aplicações de temperatura muito baixa. A utilização de rHDPE torna desnecessário adicionar qualquer outro produto durante o processo de produção para permitir uma utilização duradoura neste tipo de ambientes.