Assessoramento

Materiais com os quais nossos paletes, caixas e contentores são fabricados

Algumas das propriedades das paletes de plástico são determinadas pelo tipo de matéria-prima utilizada na sua produção, existindo diferentes tipos de materiais.

Gama de materiais (Originals, Standard, Virgem, Outros)

Na Naeco estamos convencidos de que o melhor material é o que tem o desempenho mais eficiente para uma determinada aplicação. Atualmente, não deve ser considerado apenas o desempenho mecânico do material como também o seu impacto ambiental. A aposta em materiais sustentáveis permite às empresas comprometidas com o ambiente satisfazer as políticas de responsabilidade social empresarial (RSE), apoiar os objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) e adaptar-se a uma das principais procuras da sociedade. Assim, em função dos objetivos pretendidos, é possível selecionar de entre várias opções e linhas de materiais.

A gama de materiais disponíveis para os nossos produtos é a seguinte:

  • Originals (recomendado): Materiais desenvolvidos exclusivamente pelo nosso departamento Naeco Research, os quais combinam bom desempenho mecânico com o mais elevado grau de sustentabilidade do setor, dado possuírem uma certificação Recyclass UNE EN 15343. Esta certificação reconhece as boas práticas de fabrico e de gestão de resíduos e garante a rastreabilidade, o controlo de qualidade e a segurança no uso de materiais plásticos reciclados certificados. Visto que o material satisfaz os princípios do modelo de cadeia de custódia controlada, tal como definido na norma ISO 22095, também é possível certificar o produto final no que diz respeito ao conteúdo de plástico reciclado.

    RecyClass Logo
      • cPP-E: Este é o material que usamos nos nossos produtos com certificação de produto Recyclass. É constituído por polipropileno (PP) proveniente da reciclagem pós-consumo de embalagens do contentor amarelo. Este material é reconhecível pela cor cinzenta, embora possamos fabricá-lo em preto ou noutras cores, a pedido (cores limitadas).

      • cPP-XX / cPE-XX:Estes compostos de PP ou PEAD são usados quando se pretende alterar uma propriedade específica, tal como a cor, a resistência ao impacto, entre outros, através da mistura de um material de base reciclado com outros aditivos. Esta mistura é conhecida com o nome de formulação e é obtida através da mistura.

      • cPP-T20: Polipropileno com uma carga de talco. O talco é um material muito comum porque permite modificar o comportamento de um polímero de base. É frequentemente usado para melhorar a rigidez, reduzir a contração e melhorar o aspeto do produto final. O número de referência costuma indicar a percentagem de talco empregue na mistura.

      • Custom: Graças ao nosso próprio processo de reciclagem e à elevada especialização da nossa equipa da Naeco Research, temos a capacidade de formular e produzir materiais específicos para satisfazer as necessidades dos nossos clientes. Desenvolvemos materiais à medida para projetos de grande volume, tanto com base de PP como de PEAD. Para mais informações, consulte-nos

    Podemos distinguir estes materiais na referência do material por começarem com a letra minúscula c (de composto/certificado). Exemplos: cPP-E, cPP-EM, etc.

  • Standard: Trata-se dos materiais com origem na reciclagem tanto pós-industrial como pós-consumo, que estão normalmente disponíveis no setor da reciclagem de plásticos. Estes materiais têm uma qualidade média e são sustentáveis, embora o processo de reciclagem não seja transparente e a rastreabilidade não seja verificada. Estes materiais são a opção mais usada no setor na produção de paletes de plástico. A cor habitual costuma ser o preto ou o cinzento-escuro, embora estejam disponíveis outras cores em quantidades limitadas e a pedido (disponibilidade sujeita ao mercado).

      • rPP: O polipropileno (PP) reciclado é a opção mais comum devido às virtudes deste material e à sua elevada disponibilidade. O polipropileno é um dos plásticos mais leves e mais comuns de entre as opções disponíveis, o que o torna o material perfeito para as paletes de plástico. É um material com um equilíbrio ótimo entre rigidez e resistência.

      • rHDPE: O polietileno de alta densidade (HDPE) reciclado é um material muito semelhante ao polipropileno, mas com melhor desempenho em caso de impacto, o que o torna um material mais duradouro. No entanto, para conseguir esta caraterística, perde-se em termos de rigidez e, portanto, aumentam as deformações bem como o peso final da palete, devido à maior densidade. O rHDPE é a escolha recomendada para ambientes muito hostis, bem como para ambientes de congelação, devido ao seu melhor comportamento a baixas temperaturas.

    Podemos distinguir estes materiais na referência do material por começarem com a letra minúscula r (reciclado). Exemplos: rPP, rHDPE, etc.

  • Virgem: Por vezes, devido à aplicação ou aos requisitos do cliente, é necessário usar materiais virgens provenientes da petroquímica. É a escolha padrão quando a adequação ao contacto com os géneros alimentícios é necessária e, portanto, é ideal para as nossas paletes, caixas e contentores. A cor das nossas soluções com materiais virgens pode ser selecionada pelo cliente final, a pedido.

      • PP: O polipropileno é a escolha recomendada para todas as paletes do nosso catálogo devido à sua extraordinária relação entre rigidez e resistência aos impactos. O polipropileno é um dos plásticos mais leves e mais comuns de entre as opções disponíveis, o que o torna o material perfeito para uso em paletes de plástico.

      • HDPE: O polietileno de alta densidade (HDPE) é um material muito semelhante ao polipropileno, mas com melhor desempenho em caso de impacto, o que o torna um material mais duradouro. No entanto, para conseguir esta caraterística, perde-se em termos de rigidez e, portanto, aumentam as deformações bem como o peso final da palete, devido à maior densidade. O HDPE é a escolha recomendada para ambientes muito hostis, bem como para ambientes de congelação, devido ao seu melhor comportamento a baixas temperaturas. O HDPE é a opção recomendada para toda a gama de caixas e contentores, bem como para a gama de paletes higiénicas.

    Podemos distinguir estes materiais na referência por não terem qualquer letra antes da referência do material. Exemplos: PP 8025, PE 4550, etc.

  • Outros: Além disso, há outros plásticos menos comuns que também podemos usar no fabrico dos nossos produtos quando os requisitos do cliente assim o exigem:
      • ESD: Um material plástico ESD (descarga eletrostática) é um tipo de plástico concebido para dissipar a eletricidade estática de forma controlada. Estes materiais são usados em aplicações onde é crucial evitar a acumulação de cargas estáticas que possam danificar componentes eletrónicos sensíveis ou representar um risco de descarga elétrica.

        Estes são os materiais-padrão da nossa gama ESD e distinguem-se por estarem gravados com o símbolo de dispositivo com proteção ESD/EPA. Dispomos de diversos graus de proteção ESD em função das necessidades do cliente (versões condutiva e dissipativa). Para mais informações, entre em contacto connosco.


        No nosso caso, trabalhamos normalmente com materiais ESD à base de polipropileno (PP), e a cor do material é o preto devido aos aditivos usados na produção. Além disso, temos uma gama ESD produzida na Naeco Recycling a partir de materiais reciclados..
        • Ignífugo: Um plástico ignífugo, também conhecido como plástico resistente ao fogo ou retardador de chama, é um tipo de plástico que foi modificado para ter uma menor inflamabilidade e capacidade de propagação do fogo. Embora seja uma alternativa real para muitas aplicações plásticas, é muito pouco habitual usar estes materiais na produção de paletes, caixas e contentores de plástico, principalmente devido ao seu elevado custo, bem como à perda de propriedades mecânicas causada pelos aditivos empregues.

          Há vários graus de materiais, consoante o nível de resistência à propagação do fogo. Para mais informações, não hesite em nos contactar.

Neues Material vs. vs Recycling-material

Um material virgem é um polímero termoplástico produzido por empresas do setor petroquímico (geralmente multinacionais) que dominam as cadeias de produção das submatérias-primas necessárias para a sua produção, como é o caso do petróleo, do etileno, etc… Ou seja, trata-se de um mercado muito fragmentado, com um número muito reduzido de atores, com uma dimensão muito grande e com muito poder.

Entretanto, um material reciclado não é mais do que um polímero termoplástico obtido através da reciclagem de determinados produtos plásticos que, de origem, foram produzidos com materiais virgens ou reciclados. Estes materiais são processados por empresas de reciclagem, com uma dimensão geralmente muito mais reduzida do que as petroquímicas.

Para a produção de um material virgem, o fabricante utiliza sempre a mesma fórmula, com base em determinados elementos controlados, pelo que o produto é homogéneo no tempo, e, por conseguinte, dispõe de uma ficha técnica com valores definidos e com um determinado comportamento mecânico. Ou seja, os elementos que formam o material são conhecidos. Por outro lado, esse fabricante implementa controlos de qualidade exaustivos, para garantir a estabilidade do referido material.

Já um material reciclado, por sua vez, regra geral é composto pela mistura de diferentes peças de plástico, produzidas, por sua vez, com diferentes graus de um mesmo polímero. Portanto, o material reciclado é o material que resulta de uma mistura de polímeros, e as suas propriedades variam sempre que a respetiva proporção de peças diferentes que estão a ser recicladas varia. Para controlar essa variação, e para poder garantir que as propriedades cumprem os requisitos das nossas soluções, temos um laboratório interno de caracterização de plástico que nos permite realizar os controlos de qualidade oportunos.

Portanto, a principal diferença entre os dois materiais reside no facto de um material virgem ter umas características homogéneas e conhecidas e de um material reciclado ser heterogéneo e desconhecido. No entanto, e graças à tecnologia de reciclagem atualmente existente, é possível trabalhar os materiais reciclados para conseguir resultados de alta qualidade.

Utilização com produtos alimentares

A certificação de utilização com produtos alimentares é uma propriedade da palete da caixa ou do contentor que advém dos materiais empregues no seu fabrico. Para poder obter essa certificação é necessário que o fabricante do referido material emita um documento aprovado por uma entidade certificadora como a FDA, que garanta essa propriedade. Esta certificação é a garantia de que o material pode estar em contacto direto com um alimento por um tempo indefinido sem produzir nenhum tipo de efeito no dito alimento ou sem que ocorra qualquer migração para o mesmo. Esta certificação é a mesma que uma garrafa que se destine à comercialização de água tem de ter, por exemplo.

A priori, uma palete é um elemento de packaging terciário que está em contacto com o solo e que transporta outros tipos de elementos de packaging que, por sua vez, contêm os produtos transportados. Portanto, para a maioria das aplicações não é um requisito indispensável que as paletes cumpram a certificação de utilização com produtos alimentares. No entanto, certas aplicações, como as “Salas Brancas” as nossas caixas ou os nossos contentores, por exemplo, requerem esta certificação, pelo que nesse caso é indispensável utilizar materiais virgens, devido, fundamentalmente, à impossibilidade de uma entidade recicladora emitir um certificado a partir de uma reciclagem quando não conhece a composição interna dos materiais processados.

Isto não quer dizer que os materiais reciclados não se adequem a uma utilização com produtos alimentares, mas que, regra geral, e salvo casos especiais, necessitam da dita certificação. É importante ter em conta que as paletes de madeira tradicionais não dispõem destas certificações, nem de nada que lhes seja equivalente.

Uso em ambientes de congelação

Determinadas mercadorias, sobretudo no setor alimentar, são transportadas ao longo de toda a cadeia de distribuição em ambientes de congelação. Neste tipo de ambientes a utilização de paletes de plástico revela-se altamente conveniente, dado que estas não registam alterações de peso e de forma perante condições de humidade, são impermeáveis, não transportam cheiros e podem ser lavadas depois da sua utilização.

No entanto, nem todos os materiais plásticos são adequados para aplicações a temperaturas de -20ºC ou inferiores. Na Nortpalet, recomendamos a utilização de rHDPE (Polietileno de alta densidade) devido ao seu bom desempenho face a impactos em aplicações de temperatura muito baixa. A utilização de rHDPE torna desnecessário adicionar qualquer outro produto durante o processo de produção para permitir uma utilização duradoura neste tipo de ambientes.